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The Boys 2ª Temporada (2020) | Primeiras Impressões


 [Contém spoilers leves dos três primeiros episódios da temporada]

A tão antecipada segunda temporada de The Boys chegou ao Amazon Prime apostando em um pequeno arco de ritmo mais lento para iniciar o novo ano. (E funcionou!)

Logo de cara, a primeira cena parece, de certa forma, tranquilizar alguns por refletir bem um tema a ser continuado na série. Dramas pessoais e conspiração. A sequência faz um trabalho incrível ao retratar o ponto onde dois personagens se encontram narrativamente, sem o uso de diálogos. Apenas trilha sonora e montagem. Para falar a verdade, a série leva um tempo para trabalhar as relações do nosso grupo de protagonistas nesse primeiro mini-arco. Nada é deixado em silêncio. Todas as pontas soltas e sentimentos abafados deixados ao final da última temporada são resolvidos para que o enredo possa seguir em frente.


Não são apenas os garotos que ganham essa atenção especial, ao contrário. Profundo (Chace Crawford) e Rainha Maeve (Dominique McElligott) têm suas narrativas aprofundadas. Algo além do esperado, levando em consideração o peso da história do herói aquático aqui no mundo real e a falta de informações que existia sobre a heroína. 


Por conta desse início mais centrado no desenvolvimento dos personagens, os primeiros dois episódios aparentam ter um ritmo mais lento se comparado ao início de seu último ano.

NOVOS PERSONAGENS = NOVOS PROBLEMAS

Enquanto alguns resolvem problemas do passado, outros ficam encarregados de arrumar novos. Fica a cargo do Capitão Pátria (Antony Starr) ampliar o núcleo corporativo da série. Com a saída de Madelyn Stillwell (Elisabeth Shue) da cena, era de se esperar algum substituto à altura, mas para sanar a falta de autoridade deixada pela vice-presidente entra Stan Edgar (Giancarlo Esposito), CEO da Vought, que se mostra sem medo de bater de frente com o nosso Sup*rman genocida.

 

Inclusive, não é só com o empresário que ele terá que se preocupar. A chegada de Tempesta (Aya Cash) para substituir o Translúcido na equipe, é repentina, mas sua presença vai sendo percebida aos poucos. Sendo de início, irônica e sincera ao extremo, a nova personagem capta a atenção e a simpatia de quem assiste. Mas até o mais desavisado (que tivesse assistido o trailer) saberia o que estava por vir.


A "heroína" apresenta potencial para ser uma vilã pior que qualquer um dos Sete, já que em sua versão das HQs ela é um herói que tem sua origem intrinsecamente ligada ao Nazismo e seus ideais. Por isso, é majoritariamente centrado nela (e um pouco no Capitão Pátria) o enredo que vai abordar a “supremacia branca e preconceito”, prometido pelo produtor em coletiva de imprensa. 

“E O HUMOR?”


Apesar dos temas extremamente sensíveis e fortes tratados na série, o produtor Eric Kripke já se mostrou capaz de balancear isso com um humor ácido e satírico. Um dos pontos mais conhecidos da produção ao lado da ultraviolência. As tão queridas referências à cultura pop têm seu retorno, por mais que seja de forma mais tímida, já que esse início de temporada tem um tom mais sóbrio. Mas elas estão lá e ao que parece, não vão embora. Tudo isso, logicamente, usado ao lado de uma trilha sonora fantástica e irônica.


Já aquele humor mais absurdo volta com tudo. Profundo segue sendo o principal alívio cômico do grupo e ele segue nos presenteando com cenas memoráveis. Absurdas? Sim; mas tão engraçadas quanto a icônica cena do golfinho.

EXPECTATIVAS


Dá pra entender a escolha da Amazon de liberar esses três episódios juntos. Não espere por uma estrutura de um filme (apesar dos efeitos ainda colocar muitos por aí no chinelo). Mas esses primeiros momentos funcionam como um arco de preparação. Para encerrar qualquer problema deixado pelo fim bombástico da primeira temporada e dar um gostinho de toda a destruição que esses heróis vão causar. Observando a afirmação feita por seu produtor e por se tratar de uma série tão autoconsciente, é de se esperar que a atual tensão racial nos Estados Unidos seja abordada de forma substancial. Ao final do terceiro episódio, é indicado que isso vá acontecer. Resta saber se será da maneira certa.


É indicado que ao decorrer dos episódios, nós saberemos um pouco mais sobre a tão poderosa (e misteriosa) Vought. Já que o personagem-base para Tempesta tem sua origem fortemente ligada ao fundador da empresa, Frederick Vought. O núcleo de Becca Butcher (Shantel VanSanten) e seu super filho é o único que pareceu deixado em aberto. Por seguir uma direção diferente das HQs, nós não temos parâmetros para o que eles podem fazer. Só fica a esperança de não tornarem uma premissa tão interessante em só mais um apoio narrativo para o Capitão Pátria e Billy Butcher (Karl Urban). Além dos novos personagens já apresentados, nós também finalmente conheceremos o herói aposentado, Lamplighter, interpretado por Shawn Ashmore (Trilogia X-men). Um retorno que provavelmente terá ligação com a “reintrodução” de Grace Mallory (Laila Robins) à equipe dos garotos.


As expectativas para os próximos episódios são altíssimas! A primeira temporada foi estelar e após o início da segunda, é notável como o elenco e a produção conhecem seus personagens e estão fazendo um trabalho fenomenal com a atualização de seu material base.


A segunda temporada de The Boys está com três episódios disponíveis no catálogo da Amazon Prime Video. Os próximos episódios serão lançados semanalmente no serviço de streaming. Corre que ainda dá tempo de acompanhar a temporada!

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4 Comentários

  1. Também estou com mtas expectativas com essa nova temporada. A temporada anterior me cativou muito, achei surpreendente!

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  2. Atento, esperando os próximos episódios.

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  3. Cara sou fã da série esperei ansioso pela segunda temporada e estou achando ótima. Se manter a vibe vai ser massa as próximas temporadas

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