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Ben-Hur (1959) - O Maior Vencedor do Oscar | Crítica

Durante a época de Jesus Cristo, um judeu chamado Ben-Hur (Charlton Heston) assume a culpa de uma tentativa de homicídio envolvendo um líder romano, embora na verdade se tratasse de um acidente. Assim, Ben-Hur é transformado em escravo e separado de sua família e buscará vingança contra quem lhe causou tudo isso.




É impossível falar sobre Ben-Hur sem antes comentar que se trata do maior vencedor da história do Oscar, junto de Titanic e O Retorno do Rei, todos com 11 Oscars cada. Muitas pessoas acabam lembrando do filme de 1959 apenas por isso, mas posso afirmar que não foram apenas os prêmios que transformaram Ben-Hur em um filme histórico, ele é muito bom por si só. O filme se trata de um épico. Com quase quatro horas de duração, Ben-Hur apresenta cenários exuberantes, questões técnicas de primeiro nível para época (até mesmo hoje impressiona) e algumas cenas que entraram para a história.



Embora particularmente eu deteste essa geração TikTok que precisa consumir conteúdos rápidos e não consiga manter o mínimo de atenção, tenho que admitir que aqui em Ben-Hur o tempo é um problema, configurando o seu principal aspecto negativo. Como já informei, o filme tem quase quatro horas de duração, o que é sem dúvida muito exagerado. Em alguns momentos, principalmente no começo do filme, temos cenas que não agregam em nada o desenvolvimento da narrativa, e poderiam ter sido tiradas. Para ser sincero, o filme começa de verdade no minuto 40. Por isso, acredito que se ele tivesse 2h40, no máximo 3h, teria sido ainda mais efetivo.


Apesar disso, os pontos positivos se sobressaem em muito os negativos. Preciso elogiar o design de produção, os cenários e figurinos desse filme, são simplesmente espetaculares até para os dias de hoje. A trilha sonora também é um show a parte, em especial a uma cena em que Jesus aparece, ela consegue juntar uma força e delicadeza na qual é bastante rara.


As atuações são boas, embora nada espetacular. E a fotografia se destaca principalmente nas cenas de ação, é tudo muito belo. Vale o destaque também para direção de William Wyler, com uma nota sobre o quão difícil deve ter sido dirigir um filme tão grandioso e literalmente grande como esse.



Sobre o roteiro, acredito que o seu principal acerto seja combinar uma história como a de Ben-Hur com a história de Jesus. Em alguns momentos, essas tramas se juntam,  e quando isso acontece, é realmente mágico. Além disso, nos momentos em que Jesus não aparece em cena, é possível ainda sim sentir a presença dele naquele filme. Tal detalhe só é possível graças a uma excelente condução da história e da escrita do roteiro.

Ben-Hur é um filme que nunca seria feito nos dias de hoje. É caro, longo demais e faz parte de um gênero em decadência no cinema, o épico histórico. Por isso mesmo, vale ainda mais a pena elogiar o fato dele existir e ter conseguido o seu merecido destaque. Vale a pena assistir, se você tiver paciência.


Nota: 8,5/10

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