Durante a época de Jesus Cristo, um judeu chamado Ben-Hur (Charlton Heston) assume a culpa de uma tentativa de homicídio envolvendo um líder romano, embora na verdade se tratasse de um acidente. Assim, Ben-Hur é transformado em escravo e separado de sua família e buscará vingança contra quem lhe causou tudo isso.
Embora particularmente eu deteste essa geração TikTok que precisa consumir conteúdos rápidos e não consiga manter o mínimo de atenção, tenho que admitir que aqui em Ben-Hur o tempo é um problema, configurando o seu principal aspecto negativo. Como já informei, o filme tem quase quatro horas de duração, o que é sem dúvida muito exagerado. Em alguns momentos, principalmente no começo do filme, temos cenas que não agregam em nada o desenvolvimento da narrativa, e poderiam ter sido tiradas. Para ser sincero, o filme começa de verdade no minuto 40. Por isso, acredito que se ele tivesse 2h40, no máximo 3h, teria sido ainda mais efetivo.
Apesar disso, os pontos positivos se sobressaem em muito os negativos. Preciso elogiar o design de produção, os cenários e figurinos desse filme, são simplesmente espetaculares até para os dias de hoje. A trilha sonora também é um show a parte, em especial a uma cena em que Jesus aparece, ela consegue juntar uma força e delicadeza na qual é bastante rara.
As atuações são boas, embora nada espetacular. E a fotografia se destaca principalmente nas cenas de ação, é tudo muito belo. Vale o destaque também para direção de William Wyler, com uma nota sobre o quão difícil deve ter sido dirigir um filme tão grandioso e literalmente grande como esse.
Ben-Hur é um filme que nunca seria feito nos dias de hoje. É caro, longo demais e faz parte de um gênero em decadência no cinema, o épico histórico. Por isso mesmo, vale ainda mais a pena elogiar o fato dele existir e ter conseguido o seu merecido destaque. Vale a pena assistir, se você tiver paciência.
0 Comentários