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A Mulher na Janela | Books of Constellation

 

Desde que a adaptação de ‘’A Mulher na Janela’ foi divulgada, milhares de fãs da obra literária aguardavam ansiosos pelo filme. Depois de tantas incertezas e datas de estreia prorrogadas, a adaptação teve seu lançamento direto na plataforma da Netflix no dia 14 de maio de 2021, mas o que gerou altas expectativas, entregou mais do mesmo.


A Mulher na Janela é a adaptação cinematográfica do livro de mesmo nome do autor A.J. Finn, lançado no Brasil em 2018. Na trama, a protagonista sofre de agorafobia (medo de sair de casa), e vive confinada em sua casa tendo apenas seu gato como companheiro. Passando 24 horas dentro de casa, tudo o que resta para Anna Fox (Amy Adams) é acompanhar a vida de seus vizinhos como se fosse uma grande minissérie, onde cada um possui um papel de acordo com o horário em que surgem através de suas janelas. Uma família muda-se para a casa da frente e todo o conforto de Anna é virado de ponta a cabeça após ela testemunhar um possível assassinato na casa da frente.

Mas, mesmo com uma sinopse instigante e uma história com início e fim claros, a história se perde ao longo de sua narrativa. Comparando o longa com o livro, a narrativa é mais arrastada nas páginas da obra, com os acontecimentos ocorrendo de forma até lenta demais, envolvendo o leitor na mesma velocidade. Já a versão cinematográfica que caminha entre seguir à risca o livro e inovar traz o oposto, o que não é um empecilho e sim uma escolha interessante do diretor, que poderia ter sido acertada, mas que acaba exagerando ao trazer um final extremamente corrido.


Assim como possui um ritmo diferente do objeto na qual foi baseado, o diretor Joe Wright usou de sua liberdade criativa para mudar detalhes no filme, que do ponto de vista do leitor, são importantes para o desfecho da história, já outros nem tanto. Mas algo é fato, as escolhas culminaram no desfecho ideal, o mesmo escrito por Finn em 2018. Outro ponto mudado ao longo da adaptação e que causou estranheza ao leitor foi o pouco destaque dado aos plot twists da história, algo abordado de forma diferente ao longo do livro. Mais um ponto negativo da correria da narrativa.


Se tratando da atuação de Amy Adams, não é novidade que a atriz possui grandes papeis ao longo de sua carreira em Hollywood. Mas infelizmente, Anna Fox não é o caso. Novamente, querendo caminhar entre inovar e manter o mesmo, a atuação de Adams acaba se perdendo ao longo da narrativa corrida do longa. Prometendo um grande suspense psicológico, o filme derrapa e não entrega o que é proposto, desperdiçando um elenco de peso com nomes, além de Amy Adams, Julianne Moore e Gary Oldman.


Voltando a comparar a adaptação e o livro, é fato que os dois possuem seus erros e acertos, mas a adaptação não entrega o que muitos fãs esperavam. Entretanto, o filme é facilmente adicionado ao leque de suspenses do cinema, afinal, tem um suspense que mantém o telespectador assistindo pelo menos com o objetivo de saber o desfecho da personagem principal.

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