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Crítica - De Volta Para O Futuro (1985)


Grande clássico da década de 80, De Volta Para o Futuro é inegavelmente um dos filmes mais divertidos já produzidos, agregando diversos gêneros, e conseguindo trabalhar muito bem cada um deles individualmente. A história acompanha Marty McFly, que ao realizar um experimento com seu amigo, o doutor Emmett Brown, viaja acidentalmente para 30 anos no passado, onde precisa juntar novamente as versões jovens de seus pais, para não anular sua existência, e também evitar conclusões catastróficas no futuro. Antes de tudo, é preciso dizer que De Volta Para O Futuro era um projeto que não almejava ser um filme épico ou super ambicioso, mas o conjunto da obra deu um certo impulso para isso ocorrer. A direção ficou por conta de Robert Zemeckis (Forrest Gump, Contato) e a produção, tanto executiva como criativa, era liderada por Steven Spielberg, que era provavelmente o maior nome quando se tratava de cinema em Hollywood no período. Além é claro da trilha sonora marcante de Alan Silvestri, que é um grande complemento.


Como já citado anteriormente, o filme agrega muitos gêneros cinematográficos, tais como ficção científica, aventura e comédia, conseguindo trabalhar cada um deles de forma espetacular, no que resulta em uma forte junção que amplifica mais ainda uma trama que chega a ser bastante simples, mas executada com perfeição. Há elementos de histórias clássicas de ficção, como o cientista louco e o ser vindo do espaço, como também possui uma comédia sútil e divertida. É bom também citar a importância do carro DeLorean, que com um aspecto futurista, se tornou um grande ícone da cultura pop. O curioso é que a fabricante do veículo, a DeLorean Motor Company, estava quase falindo na época, e a utilização do carro no filme alavancou o status quo da empresa, que conseguiu se reerguer.

A sequência inicial, que mostra os diversos relógios e bugigangas presentes na casa do Doc (Christopher Lloyd), já dita não só a personalidade louca e excêntrica do personagem, como a estética narrativa do filme. Também somos apresentados ao protagonista, Marty McFly (Michael J. Fox), que possui um jeito confiante e extrovertido, já criando um forte laço com o espectador logo no início. Fica difícil não torcer por ele ao longo do filme. O fato dos personagens funcionarem tão bem se deve bastante ao fato do elenco ter sido muito bem escalado e empenhado a entregar a melhor performance em seus papéis. Todos os personagens coadjuvantes possuem uma importância grande para o desenvolvimento da história, não sendo apenas meros suportes para a jornada do protagonista.


O filme ainda tem uma atenção minuciosa para os pequenos detalhes, tanto de cenários, como de diálogos e situações. Nada presente na trama está lá de forma gratuita, sempre havendo uma ligação para algo que ainda vai acontecer. Há também um ótimo trabalho de ambientação, onde ao fazer a transição de épocas (anos 80 para 50) consegue-se rapidamente fazer a distinção e trazer a imersão de se estar em outra época, seja pela arquitetura dos prédios, como pelas músicas e as vestimentas das pessoas de Hill Valley. 

A forma como De Volta Para o Futuro trabalha com o conceito de viagem no tempo, por mais que possua muitos termos científicos, eles são tratados de forma muito didática e simples, deixando fácil para o espectador entender a ideia, e se questionar a respeito de prováveis paradoxos que possam vir a acontecer. E a explicação ocorre de forma orgânica, sem ter que haver um momento de pausa brusca para explicar tudo.


De Volta Para o Futuro é um filme divertido, empolgante e certamente é um dos grandes pilares da cultura pop, tendo frases e momentos referenciados por pessoas e diversas obras mesmo após 35 anos de lançamento. Um clássico que não envelhece de forma alguma, mesmo em um futuro onde não se precise de estradas.

10/10


    

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