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Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica (2020) | Crítica


Após um período de cinco anos produzindo somente sequências de suas animações (com exceção de Viva: A Vida É Uma Festa), a Pixar retoma com histórias inéditas em Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica, sendo este, um retrato bonito e singelo sobre o elo familiar e o quão forte ele pode ser em nossas vidas. A trama acompanha os irmãos Ian e Barley Lightfoot (Tom Holland e Chris Pratt, respectivamente), que após receberem um presente deixado pelo falecido pai, partem em uma aventura para encontrar os resquícios de magia presentes no mundo, possuindo como principal motivação, a possibilidade de conversar mais uma vez com o pai.


Logo de cara podemos dizer que a produção gráfica da Pixar só evolui, e de maneira incrível. Todos os detalhes dos personagens e cenários são possíveis de serem percebidos, até pela pessoa mais desavisada. Os personagens possuem reações faciais muito expressivas, o que até engrandece a carga dramática das cenas.

A trama segue uma linha bem de aventura clássica, mas isso não é um problema, já que o filme usa isso ao seu favor para inserir algo que chega até a ser um pouco metalinguístico, já que a aventura existe na história, e não simplesmente surge como um mecanismo para que a história se desenvolva. Os personagens são motivados por ela para chegarem no objetivo. Nesse sentido, é essencial a presença do personagem de Barley, pois ele representa uma espécie de força motriz que faz com que a história avance. É interessante pontuar que ele é um dos personagens que possui um dos melhores arcos do filme, possuindo diversos dilemas que vão sendo dissecados e resolvidos, além de alguns sacrifícios no qual precisa se submeter em prol de sua missão.


O filme é um prato cheio para quem é fã de jogos de RPG e aventuras medievais, pois o que não falta são referências, seja às criaturas, objetos, cenários, etc. Em determinado momento, chegam até a brincar um pouco sobre como funcionam os padrões de narrativa nesse tipo de jogo.


O casting desse filme é um ponto também bastante positivo. A divisão de tela entre Chris Pratt e Tom Holland funcionou com uma naturalidade bastante genuína, muitas vezes causando uma impressão de que seus diálogos são improvisados, pois ambos possuem uma interação que funciona muito bem, influência de contracenarem nos filmes do universo Marvel, provavelmente. A mãe dos garotos, interpretada pela comediante Julia Louis-Dreyfus, também possui uma importância na história, entretanto, em alguns momentos, seu arco narrativo quebra um pouco o ritmo e fluidez da trama principal, o que talvez seja algum dos poucos problemas do filme.

É muito bonito notar a atenção que o filme dá para a relação dos irmãos, já que esse é um dos principais pontos da trama. Esse arco é trabalhado com uma delicadeza enorme, tornando algumas cenas bastante emocionantes, de forma que não parece forçado. O desfecho do filme é satisfatório para o que nos é apresentado durante toda a obra.


Como já foi dito anteriormente, Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica trata de forma muito bonita a relação entre irmãos, mas a trama vai muito além disso, entregando momentos divertidos, emotivos e com lições bastante valiosas. No geral, é mais um grande acerto da Pixar, entregando um filme que pode cativar tanto adultos que já foram jogadores assíduos de RPG, como crianças que adoram histórias com grandes aventuras. 

8/10


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4 Comentários

  1. PIXAR sabe como mexer com a gente não é de hoje. Ansioso para ver o Chris e o Tom nessa animação. A química humorística dos dois é genuinamente cativante 😁

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    1. Os dois funcionaram perfeitamente juntos. Foi uma aposta boa do estúdio de juntar os dois.

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  2. Acabei de ver e achei fantástico, quem gosta de RPG vai super amar ir colhendo as referências, ótima resenha.

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    1. Todas as referências ao RPG e à fantasia como um todo são estupendas. Obrigado pelo apoio :) !

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