A nova ficção científica de Alex Garland (Ex Machina) foi lançada essa semana (12) no Brasil diretamente na Netflix, e com exibição nos cinemas em alguns países.
Baseado no livro escrito por Jeff Vandermeer, o filme conta a história de Lena (Natalie Portman), uma bióloga e ex-militar, que descobre que seu marido, Kane (Oscar Isaac), também militar, está vivo, depois de 1 ano desaparecido após a realização de uma missão com sua equipe. Depois de uma série de comportamentos estranhos apresentados por Kane surgirem, Lena, juntamente com quatro pesquisadoras, partem em uma jornada para investigar sobre a Área X, uma zona misteriosa que pode ser uma ameaça à vida na terra.
Garland já havia mostrado todo o seu talento como roteirista em filmes como Extermínio (2002) e Ex Machina (2014) . Em Aniquilação, são abordadas questões como a vida e o medo do desconhecido, visto que conforme a trama avança, o grupo passa a ficar cada vez mais exasperado, tentando entender o que está ocasionando essa insanidade nelas e nos militares da expedição anterior.
A direção aposta em planos muitas vezes estáticos, mas que conseguem demonstrar bem a situação desesperadora pela qual as personagens estão passando. A fotografia utiliza cores vibrantes e com um tom psicodélico, com destaque para o parque florestal no qual elas se encontram, que sofreu modificações por ação do Brilho, nome dado por elas ao espectro que envolta a Área X. A trilha sonora, composta em sua grande parte por sintetizadores e violão, ajuda a dar enfase para o clima sombrio e perturbador que o filme apresenta.
Além de Natalie Portman e Oscar Isaac, o filme ainda conta no elenco com Tessa Thompson (Thor : Ragnarok, Westworld), Gina Rodriguez (Jane The Virgin), Tuva Novotny e Jennifer Jason Leigh (Os Oito Odiados, Twin Peaks) nos papéis das pesquisadoras que ajudam Lena em sua missão. Suas atuações são boas, mas nada que obtenha muito destaque.
Aniquilação é um filme angustiante, que desperta a curiosidade no espectador, e que conta com um final surpreendente, que pode parecer sem sentido para os mais despercebidos, mas que está recheado de explicações e metáforas .
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